sexta-feira, 5 de agosto de 2011

KARL MARX


Quem foi Karl Marx?

Carlos Marx foi um filósofo judeu-alemão que viveu entre 1818 e 1883. É acusado de ser o “inventor” do Comunismo: portanto, o Anti-Cristo!.
O velho cabeludo tinha muitos interesses, não houve qualquer mudança social econômica ou política importante nos últimos cem anos que não devesse alguma coisa à influência do camarada Carlos…
Economia, literatura, artes, história, relações humanas, os sindicatos, revoluções, mudanças sociais, educação, indústria, agricultura, jornalismo… em toda a parte encontramos um ou dois cabelos de Karl Marx. Afinal, cabelo não lhe faltava.
A sua influencia é tal, que hoje divide-se a opinião sobre ele: ou se adora, ou se odeia. Sim, ainda hoje há quem queira mandá-lo para a cova.
A celebre frase de Marx, “A religião é o ópio do povo”, se popularizou principalmente entre os ateus que veneravam Marx e entre os cristãos que o odiavam. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. A religião é o ópio do povo.

Resumindo então a vida dele:
O pai era um advogado rico, e Marx seguiu o curso da moda: Direito. Começou o curso em Bona, mas depois foi para Berlim; (os motivos da mudança de Bona para Berlim são para maiores de idade, passemos à frente!). Quis voltar para Bona para ser professor na universidade, mas não o aceitaram: em Berlim tornara-se ateu e subversivo!
A universidade de Berlim estava num tremendo alvoroço de ideias novas, onde as explicações religiosas do Homem e do universo eram contestadas e os pensadores andavam em busca doutras respostas para as questões de sempre:

• Quem é Deus?
• Que é o Homem?
• Para que vivemos?
• O que é a vida?
Marx, para tentar responder a estas questões ou talvez para irritar o Pai, começou a estudar filosofia.

Hegel
Hegel (não confundir com Engels) parecia ter encontrado respostas para as grandes questões, e os filósofos alemães gravitavam em sua volta. Marx inicia-se a estudar as ideias de Hegel.
O que prendeu a atenção de Marx foi a filosofia da historia de Hegel. Segundo este, o processo da humanidade efetua-se unicamente através de conflitos, de guerras e revoluções. A paz e a harmonia não conduzem ao progresso. Para Hegel a história move-se dialeticamente. A lógica do Ser não seria determinada pelos princípios de identidade e contradição, mas sim pela “dialética“, realizada em três fases: tese, antítese e síntese. Assim toda realidade primeiro “se apresenta”, depois se nega a si própria e num terceiro momento supera e elimina essa contradição.
Para Hegel o único sujeito da História é a Ideia, a consciência, ou o Espírito Absoluto. Neste ponto, Marx irá discordar de Hegel e irá afirmar que o único sujeito da história é a sociedade na sua estrutura econômica. Para Marx, não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas é, pelo contrário, o seu ser social que determina a sua consciência.

As ideias revolucionárias de Marx

Os filósofos até agora limitavam-se a interpretar o mundo; de agora em diante é preciso, pelo contrário, transformá-lo. O ponto de vista do novo Materialismo é o de uma práxis revolucionária; o homem alcança a solução dos seus problemas, não através da especulação, mas da ação criticamente iluminada e dirigida.
“Podemos distinguir os homens dos animais, pela consciência, pela religião, por tudo aquilo que se quiser; mas os homens começaram a distinguir-se dos animais quando começaram a produzir os seus meios de subsistência, um progresso que foi condicionado pela sua organização física. Produzindo os seus meios de subsistência, os homens produzem indirectamente a sua própria vida material". Assim, é através do trabalho, como relação ativa com a natureza, que o homem é, de certo modo, criador de si próprio; e criador não apenas da sua "existência material" mas também do seu modo de ser.
A produção e o trabalho não são, segundo Marx, uma condenação que recai sobre o homem: são o próprio homem, o seu modo especifico de ser ou de se fazer homem. Deste modo a natureza passa a ser "o corpo inorgânico do homem". O trabalho é portanto, uma manifestação, a única manifestação da liberdade humana, da capacidade humana de criar a própria forma de existência específica.

[ Importante ]
• Não existe uma essência ou natureza humana em geral.
• O ser do homem é sempre historicamente condicionado pelas relações em que o homem entra com os outros homens e com a natureza, pelas exigências do trabalho produtivo.
• Estas relações condicionam o indivíduo, a pessoa humana existente; mas os indivíduos por sua vez condicionam-se promovendo a sua transformação ou o seu desenvolvimento.
• O indivíduo humano é um ser social.

As ideias que dominam numa época histórica são as ideias da classe dominante: " A classe que tem o poder material dominante da sociedade é ao mesmo tempo a que tem o poder espiritual dominante".
A dependência das ideias dominantes da classe dominante surge obliterada ou oculta; em primeiro lugar, devido ao fato de essas próprias ideias serem elaboradas, no interior da classe, pelos "ideólogos ativos" cujo objetivo é o de promoverem a ilusão da classe sobre si própria; e em segundo lugar ao fato de que toda a classe que assume o poder deve representar o seu interesse como interesse comum de todos os membros da sociedade, deve assim "dar às próprias ideias a forma da universalidade e representá-las como as únicas racionais e universalmente válidas"

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